Feb. 28, 2014

Scicast #18: Mulheres Parte 2

Scicast #18: Mulheres Parte 2

No episódio especial desta semana do podcast sobre ciência mais divertido da internet brasileira (rá), Silmar, Jorge, Ronaldo e Matheus (equipe #SciCast) – aliados a Biomédica Caroline Freire (@ComplexaBel) e a Bióloga Natália Dörr (Crônica das Moscas e @NataliaDorr) – em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (antecipado) entram em terreno minado, destruindo preconceitos e demonstrando que as mulheres são sempre fortes, pero sin perder la ternura jamás. E hoje tem leitura de e-mails com a BEL®, a divertidíssima e espirituosa IA do #SciCast.

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Comentado neste episódio:

  • Mulheres na Ciência
    • Hipátia de Alexandria (370-415 a.c.): era filha de Teão de Alexandria, acadêmico e diretor da Biblioteca de Alexandria. Ela escreveu textos sobre geometria, álgebra, astronomia, e credita-se a ela a invenção do hidrômetro, de um astrolábio e um instrumento para destilar água.
    • Ada Lovelace (1815-1852 d.c.): matemática e escritora inglesa, única filha legítima do poeta Lord Byron, é hoje principalmente reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, a máquina analítica de Charles Babbage. Durante o período em que esteve envolvida com o projeto de Babbage, ela desenvolveu os algoritmos que permitiriam à máquina computar os valores de funções matemáticas, além de publicar uma coleção de notas sobre a máquina analítica
    • Marie Curie (1867-1934 d.c.): física e química polonesa, naturalizada francesa, que produziu as pesquisas pioneiras sobre a radioatividade. Ela foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, e a única a ganhar em duas áreas científicas diferentes. Foi também a primeira mulher a tornar-se uma professora da Universidade de Paris, e em 1995 tornou-se a primeira mulher a ser sepultada devido aos seus próprios méritos no Panthéon, em Paris.
    • Suzana Herculano-Houzel (1972- d.c.): é neurocientista de plantão desde 1999, quando começou a fazer divulgação científica e criou o hábito de pensar no lado “cerebral” de tudo o que acontece ao seu redor. Escreve uma coluna para o caderno Equilíbrio do jornal Folha de São Paulo, participou de uma série no Fantástico e lançou seis livros, além de praticar a divulgação científica pelo Brasil afora.
  • Primeira mulher no espaço:
    • Valentina Tereshkova (1937- d.c.): cosmonauta soviética aposentada e engenheira, e primeira mulher a ter voado no espaço, tendo sido selecionada dentre mais de quatrocentos candidatos e cinco finalistas para pilotar Vostok 6 em 16 de Junho 1963. Durante a sua missão de três dias, ela realizou vários testes em si mesma para coletar dados sobre a reação do corpo feminino para o voo espacial. Em 2013, ela se ofereceu para ir em uma viagem só de ida a Marte, se tal viagem vier a ocorrer.
  • Primeira mulher primeira-ministra:
    • Gold “Golda” Meir: Gold Meir nasceu em Kiev em 1898 e, aos oito anos, migrou com os pais para os Estados Unidos, onde adquiriu o sotaque americano. Foi a primeira e até agora única mulher na chefia de governo em Israel. Em fevereiro de 1969, aos 70 anos, ela já pensava em encerrar a carreira política, quando faleceu subitamente o então primeiro-ministro Levi Eshkol, sucessor de Ben Gurion. Golda Meir foi a terceira opção do bloco trabalhista, já que os dois primeiros candidatos não obtiveram clara maioria no Parlamento. Meir recebeu apenas 12 votos contrários no Knesset. (via
    • Margaret Thatcher (1925-2013 d.c.): foi uma figura política britânica que se tornou a primeira-ministra do Reino Unido desde 1979 até 1990, e líder do Partido Conservador entre 1975 e 1990. Foi também quem permaneceu por mais tempo como primeiro-ministro britânico do século 20, e é a única mulher a ter realizado tal feito. Diziam que ela sentia muito mais orgulho de ser o primeiro primeiro-ministro com diploma de faculdade do que a primeira mulher Primeiro-Ministro da Inglaterra.
  • Primeira mulher presidente:
    • Isabel Martínez de Perón (1931- d.c.): terceira esposa do ex-presidente argentino Juan Perón (Evita foi a segunda), Isabel serviu como vice-presidente e primeira-dama, durante o terceiro mandato de seu marido como presidente (1973-1974). Após a morte de Perón no cargo em 1974, Isabel foi presidente de 1 de julho de 1974 a 24 de Março de 1976. Ela foi a primeira mulher chefe de estado e chefe de governo no hemisfério ocidental nos tempos modernos.
  • Primeira mulher presidente eleita democraticamente:
    • Vigdís Finnbogadóttir (1930- d.c.): personalidade politica islandesa, foi o quarto presidente da Islândia (1980-1996). Além de ser a primeira presidente mulher na Islândia e na Europa, também se sagrou como a primeira chefe de estado democraticamente eleita do mundo. Com a presidência de exatamente 16 anos, ela também continua a ter o mais longo mandato como chefe de estado ELEITO de qualquer país no mundo até o momento.
  • Atualmente existem apenas 7 mulheres vivas que receberam o Prêmio Nobel DA PAZ, as quais se uniram e montaram uma ONG (Nobel Women’s Initiative) para defender os direitos das mulheres pelo mundo.
  • Gráfico contendo um comparativo entre o número de homens e de mulheres que ganharam o Nobel.
  • Mafalda e a Exploração de Marte.

 

Cinema

  • Histórias Cruzadas (The Help): este filme retrata uma mulher caucasiana, Eugenia “Skeeter” Phelan, e o seu relacionamento com duas empregadas negras durante a era americana dos Direitos civis no idos de 1960. Skeeter é uma jornalista que decide escrever um livro da perspectiva das empregadas (conhecido como The Help), mostrando como elas estão sofrendo racismo na casa de brancos.
  • Bravura Indômita (2010): seguindo em uma direção completamente diferente, Hailee Steinfeld interpreta uma menina de 14 anos com um grande centro moral e que move montanhas em sua busca. Ela cresce no coração e alma de um filme maravilhoso dos irmãos Coen, que também compilaram uma longa lista de heroínas maravilhosas.

 

Literatura

  • Trilogia Millennium (Vols. 1, 2 e 3): o tema da violência sexual contra as mulheres nos seus livros deve-se ao fato de que Larsson, enojado, testemunhou o estupro coletivo de uma jovem quando ele tinha 15 anos. O autor nunca se perdoou por não ajudar a garota, cujo nome era Lisbeth – como a jovem heroína de seus livros, e resolveu dedicá-los a ela.
  • Mulheres que Ganharam o Nobel em Ciências (Sharon McGrane, 1994): com linguagem clara e acessível, este livro transmite a intensa alegria do trabalho criativo e a dedicação apaixonada que leva às grandes descobertas. Revela o suspense e a excitação que acompanham o trajeto de uma experiência científica inovadora. E descortina também uma rede de preconceitos, intrigas e traições, ao mesmo tempo em que mostra a determinação e o esforço necessários para vencer barreiras explícitas ou sutis.
  • Persépolis (Marjane Satrapi) A história de Marjane Satrapi, ilustradora e cartunista iraniana radicada na França, ficou mais conhecida quando sua obra autobiográfica em quadrinhos tornou-se filme de animação. Nesta obra, Marjane atrela à história pessoal de sua vida, a história social e política do Irã, além de refletir sobre a sensação de ser estrangeira dentro e fora de seu país. Além disso, quebra-se uma série de imaginários superficiais sobre a condição de vida das mulheres por lá.
  • Toda Mafalda (Quino): Mafalda não é apenas um novo personagem das histórias em quadrinhos: é o personagem dos anos sessenta, considerada uma heroína ‘enraivecida’ que recusa o mundo tal como ele é. Na verdade, Mafalda tem ideias confusas em questão de política. Não consegue entender o que acontece no Vietnã, não sabe por que existem pobres, desconfia do Estado mas tem receio dos chineses. De uma coisa ela tem certeza: não está satisfeita! Já que nossos filhos vão se tornar, por escolha nossa, outras tantas Mafaldas, será prudente tratarmos Mafalda com o respeito que merece um personagem real.”

 

Games

  • Série Mario Bros (Princess Peach): salvo raríssimas exceções (não incluindo jogos de esporte da Nintendo), Peach é sempre sequestrada por Bowser, dependendo de Mario para ser salva, valendo-se do recurso literário Damsel in Distress (Princesa em Perigo).
  • Metroid (Samus Aran): uma surpresa nos anos 80, quando a molecada passou o jogo todo achando que estava controlando um herói, e a personagem se mostra uma mulher bem no final do jogo!
  • Tomb Raider (Lara Croft): as proporções de seus seios foram aumentadas para 150% durante o desenvolvimento por acidente, mas o erro foi mantido, e a divulgação dos games abusavam do caráter sensual da protagonista.
  • Resident Evil (Jill Valentine): caso curioso de personagem que foi sendo sexualizada com o passar do tempo. Para PS3 e Xbox 360.
  • The Legend of Zelda (Princess Zelda): outro caso de Damsel in Distress.
  • Bayonetta 1 e 2 (Bayonetta): personagem extremamente sexualizada, mas que usa isso como arma. O game chega ao ponto de transformar o exagero em sátira.

 

Saiba Mais.

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