Miscigenados. Crescemos aprendendo que se o Brasil teve uma formação pacífica, se deveu ao fato de que somos uma só nação, um só povo, independente de onde viemos, da cor de nossa pele ou mesmo da língua que falamos.
De forma análoga, foi assim que nasceu o Jazz na virada para o século XX. Uma mistura única, dançante, alucinante de ritmos latinos e caribenhos, de adaptações de instrumentos europeus e do blues afro-americano. Tomando forma em bares, bordéis e albergues de Nova Orleans, o jazz foi uma quebra de ritmo, compasso e mesmo lógica que a música costumava ter.
E a lógica, convenhamos, nunca foi um forte de nosso país. Crescemos colônia, viramos Império, uma República oligárquica. O pai dos pobres que deu um golpe, foi fascista, foi socialista, foi democrático. E foi morto. Um desenvolvimentista que faria 50 anos em 5. Um país extremamente dividido, reflexo de um mundo altamente polarizado.
Ao som de Caravan, de Duke Ellington e Juan Tizol, numa interpetação magnífica do baterista Charly Antolini, voltemos ao Brasil dos anos 60. Respire fundo e uma boa viagem.
*Este episódio especial, assim como tantos outros projetos vindouros, só foi possível por conta do Patronato do SciCast. Se você quiser mais episódios assim, contribua conosco!*
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Saldão da Loja do SciCast – corram!
Expediente:
Texto e Locução: Fernando Malta. Pitacos pontuais: William Spengler. Produção e Edição: Tarik Fernandes. Vitrine: Jânio Garcia (Portfólio • Instagram)
Material Complementar:
CASALECCHI, José Ênio. O Brasil de 1945 ao Golpe Militar. São Paulo: Contexto, 2002.
D’ARAUJO, Maria Celina. Visões do Golpe. São Paulo: Nova Fronteira, 2014.
NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regme Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014
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