Uma das coisas mais esplêndidas sobre a arte é a interpretação que o seu apreciador tem sobre a obra. Diz-se que um músico, poeta, escritor, artista é dono de sua criação tão somente enquanto ela está ainda em sua cabeça (ou flutuando no mundo das ideias). A partir do momento em que a coloca no mundo, perde o controle sobre seu significado, sobre o que ele desejava, sobre sua influência e, principalmente, sobre seu impacto na sociedade. A obra de arte é um ente vivo, independente de quando ou porque foi criada.
Um exemplo intrigante que temos é o Bolero composto por Maurice Ravel em 1928. Criado originalmente para o balé da atriz russa Ida Rubinstein, o Bolero de pouco mais de 15 minutos é escrito para madeira e metais, percussão, harpa e cordas. Sua principal característica, que a tornou a obra mais famosa do compositor francês, é o crescendo de pianíssimo a fortíssimo a partir de um mesmo ritmo – batidas de tambores e percussão que ficarão inalteradas por toda a música, a despeito das “idas e vindas” dos demais instrumentos.
E a interpretação, essa benção e maldição de que sofrem os artistas, pode nos levar bem longe de uma pacífica música dançante para o balé. Muito pelo contrário. Ravel, mais um filho de seu tempo, nasceu e cresceu no perigeu da era dos impérios, em um momento de extrema mudança geopolítica no mundo. Uma época em que os exércitos europeus somente aumentavam em número e em tecnologia. Numa perigosa e crescente marcha; tal qual o ritmo de seus tambores…
É sobre este momento, que viria a marcar profundamente a história dá humanidade, que falaremos hoje. Boa jornada.
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Texto e Locução: Fernando Malta. Edição: Tarik Fernandes e Julie Ane Gonçalves. Música: Maurice Ravel- Bolero – Radio Bratislava Symphony Orchestra. Arte da Vitrine: Momento do ataque retratado em ilustração de jornal da época: Gavrilo Princip atira no casal imperial.
Vozes:
Willian Spengler: Império Alemão
Dani Madrid: Reino Unido
Marcelo Guaxinim: República Francesa
Matheus Barbado: Império Russo
Jujuba Vilela: Império Áustro-Húngaro
Tarik Fernandes: Império Otomano
Roberto Pena: República Sérvia
Natalia Nakamura: Império do Japão
Gabriela Reciputti: Reino da Itália
Fabrício Jedi: Reino dos Países Baixos
Marcelo Rigoli: Reino da Bulgária
Silmar Geremia: Império Português
Jânio: Reino da Dinamarca
Werther: Estados Unidos da América
Raphael: Reino da Suécia
Felipe Reis: Khanato da Mongólia
Marlyni Zens: Reino da Grécia
Siqueira: Reino de Sião
Ronaldo Gogoni: República da China
Gisa: Confederação Suíça
Augusto: República da Libéria
Nicolas Réus: Reino da Romênia
Elói Santarosa: República da Nicaragua
Fernanda: República da Bélgica
Eduardo: República da Costa Rica
Cristian: República do Panamá
Adriano: República do Brasil
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