Oct. 22, 2024

IA não está roubando seu emprego (ainda), mas está usando seus dados como nunca

IA não está roubando seu emprego (ainda), mas está usando seus dados como nunca

Muita gente ficou com medo de ter o emprego roubado pela inteligência artificial. Antes disso, porém, estamos vendo outro movimento: dados criados por pessoas são usados para ensinar robôs a se comportar como seres humanos. Nesse episódio de Deu Tilt, Luca Schirru, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Direitos Autorais, conta por que não é nada simples dizer que a IA está roubando as informações feitas por nós. O debate fica ainda mais complexo quando se discute a finalidade desses dados. “O grande debate é um só processo tecnológico, o da mineração de dados, ser usado no treinamento de IA, no treinamento de IA generativa e em pesquisas intensivas em dados que não tem qualquer ligação com inteligência artificial”, diz ele.

Por outro lado, ferramentas inteligentes viraram o melhor assistente de muito trabalhador, seja para escrever textos ou criar imagens na velocidade de um estalar de dedos. A quem pertence essas criações? Ao robô, ao humano ou à empresa que desenvolveu a máquina? Essa é outra pergunta complexa que Luca Schirru responde em Deu Tilt. “Os prompts que a gente dá para o sistema de inteligência artificial generativa são suficientes para justificar que eu sou autor daquilo que for gerado?”, pergunta para resumir a questão. Aí vai um spoiler para os ansiosos: Brasil, Estados Unidos e China possuem visões diferentes sobre a questão.

Está em curso uma verdadeira batalha entre empresas que produzem conteúdo e aquelas que usufruem desse conteúdo para treinar suas inteligências artificiais. E o objetivo é claro: quem vai pagar a conta? O melhor exemplo é o New York Times, que processa a OpenAI, dona do ChatGPT, para impedi-la de usar artigos do jornal para treinar o bot. Isso levanta outra dúvida: pessoas comuns podem pleitear alguma remuneração das Big Techs? 

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