Ao longo de minha carreira, aprendi a avaliar as expressões das pessoas naquelas reuniões de anúncio das novas estratégias. Tinha os novinhos, que não faziam ideia do que estava acontecendo e mostravam-se extasiados com aqueles planos que aconteceriam por mágica. Tinha os pragmáticos, que estavam preocupados com o impacto das mudanças em seu dia a dia. Tinha os mais velhos, os cínicos e os céticos, que estampavam no rosto aquela expressão de “pô, já vi isso antes. Nunca deu certo. Em algumas semanas tudo vai voltar ao normal, sempre foi assim. Que perda de tempo.”
O maior desafio foi sempre trazer os céticos para o lado bom da força, para o comprometimento com o que devia ser feito. Com os cínicos não havia muito a ser feito. Normalmente já sabíamos quem eram e o trabalho era de isolá-los. A minha postura sempre foi assim:
- Pô, Luciano, mas por que não mandava embora?
Porque essa solução simplista nem sempre é a correta. Muitos dos céticos eram técnicos experientes, cujo trabalho junto aos clientes tinha um valor extraordinário. Perdê-los seria mais prejudicial do que tentar transformá-los. E no fim é isso mesmo, o papel da liderança é interpretar as expectativas e carências de cada um e tentar ajustá-los ao grupo.
A reflexão continua neste vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=O0Qj69pj5qY
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