De quando em quando recebo feedbacks de gente que se incomoda quando eu digo “eu” isso “eu” aquilo, especialmente no Podcast. Muitos brasileiros têm um problema imenso quando percebem que alguém pode estar “se achando”. Confundem segurança com soberba, odeiam achar que um indivíduo possa provocar mudanças.
Quando aparece no jornal a notícia que o Zé, aquele cara simples, que você conhece, cheio de defeitinhos, fez algo fora do comum, descobriu a cura de uma doença, lançou um livro de sucesso, inventou um produto revolucionário, foi indicado para um alto cargo numa empresa, foi escolhido Papa, você surta. Os pobres de espírito, por inveja. Os demais, por surpresa.
Talvez como reflexo de uma criação cristã, somos ensinados desde crianças que o que vale é o grupo, o nós, o todos, os santos, o governo, nunca o “eu”. Se por um lado isso é bom para baixar a bola de quem realmente se acha e para estimular o trabalho em equipe e a cooperação, por outro é um poderoso desestimulador da iniciativa individual.
Como posso ser um empreendedor sem acreditar em meu “eu”? Temos uma cultura de botar o indivíduo para baixo que, no fim, acho que explica um pouco do famoso complexo de vira-latas. Falta ao brasileiro acreditar em si, em sua capacidade de fazer acontecer e, fazendo, contar que fez. Com orgulho, de boca cheia! Não há mal algum nisso, desde que você o faça de modo respeitoso.
Acreditar em si gera autoconfiança, dá coragem de dar um passo além, de conquistar mais e, por consequência, influenciar mais os outros.
Vai lá. Aproveite que ninguém está olhando, mire-se no espelho e diga: “eu sou foda!”.
Tá pensando que é auto ajuda, né? Não. É só um pouquinho de autoestima. Se você não achar que é foda, quem achará por você?
Criar valor e fazer com que percebam
Isca: Só é valor se for percebido
No Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=zBslNNX5hkU
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