A gente começa a ter ideias próprias sobre o mundo no final da adolescência e, conforme o grupo com que andamos, essas ideias serão solidificadas, transformando-se em convicções. A partir das convicções é que tomamos nossas decisões. E assim encontramos gente que acredita que a terra é plana, que o homem nunca pisou na lua, que o planeta tem 6 mil anos de idade e que Lula é a alma mais honesta que já pisou neste país. Essas convicções são tão estabelecidas que a simples possibilidade de que estejam erradas provoca um incômodo tão grande que essa gente não suporta, entrincheira-se atrás de suas certezas e combate quem as ameaça.
Mas então… Qual é a saída? Bem, para a maioria dessas pessoas, não existe saída. Vão defender suas ideias mesmo que tenham de causar danos a outras pessoas. Estão cognitivamente blindadas a qualquer informação que vá contra sua fé. Mas para quem não está tão cegamente preso a suas crenças, existem formas de evoluir para a verdade.
Primeiro é parar de andar com gente em estado terminal de dissonância cognitiva compulsiva obsessiva. Sai de perto, meu. Essa gente contamina os outros e tem mais é que ser ignorada.
Segundo, é colocar essas suas convicções em questão. De que jeito? Bom, reunindo pessoas para discutir temas que estão quentes na sociedade. Discussões em Facebook não servem, é preciso reunir as pessoas cara a cara, quando os valentões de rede social ficam pianinhos, pianinhos… e quando ideias podem ser anunciadas, discutidas e questionadas.
Mas para isso as pessoas precisam conhecer e acreditar no poder do diálogo aberto. Ele não resolve os problemas de ataques, de haters e dissonância cognitiva, mas ajuda a ter discussões mais produtivas.
Diálogo aberto. Quanto tempo faz que você não tem um?
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