A mentira está institucionalizada, em horário nobre e na cara dura. Ou melhor, cara de pau. E a mentira quase nunca é confrontada com a verdade. O sujeito chega na mídia, diz uma mentira descarada e fica tudo por isso mesmo. Houve um tempo em que jornalistas ridicularizavam o mentiroso. Hoje não, especialmente se o mentiroso fizer parte da minha tribo. Mentir é parte do jogo e contestar a mentira é “ser grosso”, “jogo político”, “criar factóides” e algum ismo aí.
E neste Brasil onde “nóis invertemo as coisa” os mentirosos são tratados com respeito, pompa e circunstância. É um tal de “senhor candidato” pra cá, Vossa Excelência pra lá que me deixa nervoso! Pô, quando é que essa gente será tratada como “mentiroso de uma figa”?
Vivemos tempos complicados, nossa saúde, nossas finanças, nosso futuro estão ameaçados. Nós precisamos de nossas tribos para nos sentirmos seguros, protegidos, por isso nos tornamos cada vez mais tribais, polarizados. E as mentiras se tornam ainda mais poderosas. Abrimos mão de nossa inteligência para dar licença às mentiras dos iluminados que nos prometem proteção. E aí é isso que está aí...
Afinal, as mentiras ditas pelos líderes de sua tribo, em nome de sua segurança, são para seu bem-estar, não é?
Olha, bote uma coisa na cabeça: tirando as pessoas que amam você, ninguém está interessado em sua saúde, em sua segurança, em seu bem-estar. O interesse é no poder, na vitória mesmo que a custo de conflitos e divisões. E se para isso tiver de sacrificar a verdade, paciência.
Sempre, sempre haverá alguém tentando progredir às suas custas.
Acredite. Isso não é mentira.
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