Cafezinho 366 – Sobre dissonância e hipocrisia
Você já ouviu falar em “dissonância cognitiva”? Dissonância cognitiva é a falta de harmonia na forma como adquirimos e processamos informações. Ela se manifesta pela sensação desagradável de conviver com duas ideias contraditórias ao mesmo tempo.
Lembra daquela oferta que chega por e-mail com um preço inacreditável? Daquela proposta de curso que deixará você rico? Perspectiva de ganho rápido ou fácil de um lado e suspeita de que a proposta é um golpe, de outro. Em dissonância cognitiva, não raro fazemos a opção psicológica de correr o risco. Os psicólogos chamam essa vulnerabilidade de “suspensão voluntária da incredulidade”.
Depois do prejuízo, criamos todo tipo de desculpa para justificar a escolha desastrada…
Vivemos num mundo de contradições. Por todo lado, afirmações absolutas como “todo mundo”, “sempre”, “ninguém”, “nunca”, todas como conclusões genéricas de algum incidente em particular ou alguma evidência solitária. Um caso seletivamente escolhido serve como bandeira para a generalização. E dá-lhe dissonância cognitiva.
Sabe o resultado? Desaprendemos a manifestar nossas dúvidas, paramos de usar “talvez”, “alguns”, “a maioria”, ”a minoria” e assim proporcionar o bom debate, evitando os malefícios da generalização. E daí surgem os justiceiros sociais exibindo virtudes, princípios e valores morais que na verdade não possuem.
Praticam a censura para garantir a liberdade de opinião. Matam em nome da paz. Roubam em nome da justiça social. Agridem em nome da democracia. Quebram a Constituição em nome da segurança jurídica. Dizem uma coisa e agem ao contrário.
Dissonância cognitiva é o gatilho. O nome dessas atitudes é hipocrisia.
Versão no Youtube: https://youtu.be/U30K0e1DcsU
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