Revi o filme O Lobisomem, de 1941. Na hora que o homem vira monstro, a transformação é grotesca, aquele monte de pelos aparecendo e os dentões... Eu lembrei do terror que senti quando assisti esse filme ainda criança.
Pois depois que eu cresci, conheci um monte de lobisomens. Gente que é normalzinha, legalzinha, até receber uma promoção e virar lobisomem. Quando é homem, lentamente os testículos sobem para o cérebro e o sujeito se sente poderoso. Quando é mulher, eu não sei bem o que sobe, mas que sobe, sobe... o indivíduo ganha status, passa a se sentir mais do que as pessoas com as quais convivia, e não sabe lidar com isso. E aí vira lobisomem, fazendo vítimas.
Quantas empresas estão preocupadas em dar a seus colaboradores uma base sólida para que as decisões sejam tomadas usando o melhor julgamento possível, hein? E nós? Como estamos nos preparando para refinar nossa capacidade de julgamento e tomada de decisão?
O que tenho visto são programas de treinamento voltados para a eficiência operacional, para ensinar a fazer cada vez melhor o que a gente sempre fez. E uma pressa insana na busca por certificações teóricas que garantam pontos aos currículos das empresas e dos profissionais.
Nenhuma preocupação com bom senso, cultura, repertório, arte de pensar, polidez, apreço. Nenhuma preocupação em desenvolver a capacidade de julgamento e tomada de decisão.
O resultado, são fábricas de lobisomens.
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