Cafezinho 256 – Mundos Morais
Um amigo com quem adoro tomar um chopp é meu oposto político. Ambos queremos um mundo mais justo, mas divergimos na forma de chegar lá.
Para mim, esse “chegar lá” significa respeitar a lei, a autoridade, a liberdade individual, reconhecer que não sei tudo, que o mundo e o homem são imperfeitos e que é impossível resolver as coisas com uma revolução. O que dá para fazer é consertar o que está errado e conservar o que está certo. Quando erro, primeiro acho que a culpa é minha e devo arcar com as consequências.
Já o meu amigo lá do “outro lado” entende que por um bem maior, a lei pode ser “contornada”. Questiona a autoridade e acha que algo que não prejudica diretamente alguém, não deve ser proibido. Quando erra, culpa fatores externos e não acha justo assumir sozinho a responsabilidade.
Valores morais, e por consequência a ética, dependem do espaço geográfico e temporal que você ocupa. Onde e quando você está. Enquanto alguns valores morais têm raízes biológicas profundas, outros são resultado de pressões sociais, condicionamento emocional, imitação ou exposição aos grupos nos quais convivemos. Alguns têm a ver com racionalidade, outros com a natureza humana.
Será que existem então múltiplas moralidades, hein?
Olha, talvez vivamos em mundos morais diferentes e nenhum discurso político nos levará ao consenso.
Quem não entender isso, vai azedar o chopp.
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