Em minha palestra Quanto Você Vale, ao tratar do tema “responsabilidade moral”, mostro que antes de fazer julgamentos, precisamos observar atentamente três esferas:
A do ato praticado, a da circunstância e a da intenção.
Sem conhecer as três esferas, só é possível supor. Chutar. Dizer “eu acho”.
O problema é que o ato é fácil de ser verificado.
Por exemplo, alguém lança uma bomba que mata um terrorista poderoso. Ou lança um coquetel Molotov numa produtora. Esse é o ato, objetivo e claro, não há o que discutir.
A circunstância já começa a complicar.
Se você não está envolvido no problema, apenas consegue imaginar a circunstância, alimentado por fontes que têm distintos interesses.
Por exemplo, o terrorista poderia estar planejando um ataque sério. Ou então, o terrorista não era terrorista, era apenas um patriota defendendo sua nação.
Ou quem soltou a bomba pode ter sido outra pessoa.
Escolha o contexto e você começa a mudar a interpretação do fato.
E aí vem a intenção, que é o mais complicado dos três.
A intenção pode ser matar o terrorista antes que ele mate centenas de pessoas.
Ou pode ser eliminar um obstáculo para sua sede pelo petróleo da região.
Ou então criar um clima de guerra para aumentar a venda de armas.
Ou transformar um criminoso em vítima.
Ou então desviar atenção de um problema interno para uma ameaça externa...
Qual foi a intenção? Você sabe? Ou vai escolher a que melhor se adaptar a suas crenças e inclinações ideológicas?
Os mais bobinhos vão acreditar na intenção que a narrativa mais forte criar.
Como eu não sei do contexto e nem da intenção, só sei da bomba, recolho-me à minha ignorância.
Já tem gente demais falando merda.
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