Oct. 4, 2019

Cafezinho 217 – Os sinais

Cafezinho 217 – Os sinais

Olha, os sinais já estavam em 2002, no filme Cidade de Deus, passado nas favelas do Rio. Em meio a bandidos, policiais corruptos e violência, Buscapé é um garoto bom, que só quer trabalhar para vencer na vida. Todos os bandidos se dão mal e Buscapé termina bem. O filme é um dos maiores sucessos do cinema brasileiro. Enquanto isso, nas novelas da Globo, eram os bandidos que se davam bem e as famílias tradicionais eram repletas de gente ruim, falsa e desonesta. Uma agenda progressista passa a ser empurrada pela goela do povo e as novelas começam a perder relevância. Ao mesmo tempo, a audiência de programas policiais que esculachavam bandidos explodia.

Em 2007, chega Tropa de Elite, outro marco do cinema brasileiro. O público vibra com o Capitão Nascimento, policial honesto e disposto a defender seus valores a sangue e fogo. Tanto o ator quanto o diretor ficam constrangidos com o sucesso do personagem. O povo se identifica com o herói que tratava os bandidos na porrada.

Em 2013, um movimento que começa como uma luta artificial contra aumento de passagens se desdobra, colocando milhões nas ruas contra a corrupção e os péssimos serviços do Estado. Ao mesmo tempo, autores, jornalistas e personalidades com discursos frontalmente contra a opinião publicada, começam a despontar, vendendo livros, dando audiência e pregando ideias como valores familiares, honestidade, patriotismo e obediência à lei e à ordem.

A imprensa não percebe os sinais, seu discurso se dissocia do povo. Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono da Jovem Pan, percebe que há uma carência de ideias em conformidade com aquele povo que despertava. Ele muda a programação e o viés da rádio. Enquanto a maioria puxava o saco do governo, a Jovem Pan batia, e batia com gosto, aos poucos atropelando dinossauros como a CBN ou a Bandeirantes, apegados à agenda progressista. Deu no que deu.

A Jovem Pan é a maior audiência do rádio brasileiro e até mesmo do Youtube, com uma pegada diferente das outras mídias. Tutinha percebeu os sinais dados por Buscapé, pelo Capitão Nascimento, pelas patinadas da Globo, por Olavo de Carvalho do True Outspeak e por um Reinaldo Azevedo que não existe mais.

Goste você ou não, o brasileiro é conservador.

Quem não entendeu, já quebrou.

Ou vai quebrar.

 

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