Conforme a Embrapa Cerrados, a atividade pecuária desenvolvida no Brasil, vem passando por profundas transformações, decorrentes do processo de globalização da economia mundial.
Os mercados competitivos e cada vez mais demandadores de qualidade exigem frequentes mudanças nos sistemas de produção e beneficiamento de carnes.
No passado, o objetivo do pecuarista era apenas a produção de “boi gordo” enquanto a idade de abate e a qualidade da carcaça eram negligenciadas.
Hoje, o cenário atual estabelece novo jargão em que a terminologia “carne de qualidade” e mesmo “boi verde” passam a fazer parte do cotidiano.
Os países tropicais, e de forma muito particular a região do cerrado brasileiro, apresentam especial capacidade competitiva pela possibilidade de produzir animal a pasto onde o grande desafio, por meio de pastagens e de seu manejo e na sua transformação em carne de qualidade, buscam atender a demanda dos mercados e o compromisso ambiental.
A saída está na profissionalização do produtor.
O entendimento das transformações que ocorrem na cadeia produtiva, a eliminação ou redução das perdas no sistema de produção; a preocupação com a qualidade de sua produção e ações proativas ao invés de paliativas são essenciais.
Na pecuária deste milênio não existirão espaços para ineficiências, sistemas não-conservacionistas, custos de produção elevados, entre outros aspectos.
Em uma sondagem online realizada pela Embrapa Pecuária Sudeste, entre julho e agosto de 2019 com 712 pessoas, entre pecuaristas e profissionais do setor, resultou em algumas constatações, como:
- De todos os participantes do levantamento, 42% responderam que a baixa fertilidade de solo é a maior dificuldade para o desenvolvimento da atividade;
- Fatores como custo de implantação ou substituição do pasto, dificuldade de manejo, redução do desempenho das forrageiras na seca e baixos níveis de fósforo no solo também foram citados pelos integrantes do setor na pesquisa;
Sabemos que as pastagens, muitas vezes, estão em áreas marginais, que são áreas que, por algum problema de clima ou de solo, não são muito adequadas para a agricultura.
Um destes problemas é a baixa fertilidade.
Então, de fato, várias áreas de pastagens no Brasil estão em locais de solo um pouco menos fértil e assim precisamos achar formas de corrigi-las e que pode ser atacado de maneiras muito diversas.
Por exemplo, podemos ter o desenvolvimento de cultivares, de forrageiras que são melhor adaptadas a esta condição, ou propor desenvolvimento de recomendações de técnicas e manejo de fertilidade de solo, desenvolvendo novos fertilizantes ou insumos que sejam mais adequados para a realidade dos sistemas de produção animal, etc.
Vamos conversar com Eduardo Hara, engenheiro agrônomo que tem anos de convivência com esta e outras realidades da pecuária, e que irá compartilhar suas observações e práticas.
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PERFIL DO ENTREVISTADO
EDUARDO HARA
Eng. Agrônomo MBA Marketing Digital
Gestão de relacionamento com o cliente (CRM) | Agronomia
Sumário: Coordenação dos programas, Superar / Gestão de atendimento para pecuária e SUPERPEC Comigo.
Experiência
Cooperativa COMIGO | 20 years 8 months
pecuária; CRM Pecuária e SuperPec, software de gestão pecuário.
Cooperativa agroind prod rurais sudoeste goiano | April 2001 - Present (20 years 8 months)
Parmalat
Formação Acadêmica
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" | graduação, Agronomia · (1990 - 1996)
Rehagro | Gestão em Pecuária de Corte, Gestão e zootecnia · (2020 - 2021)
ISAE | Formação de agentes de inovação, Inovação · (2020 - 2021)
GreenGo | Inglês Agro, Lingua inglesa · (2019 - 2020)
ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing | Master of Business Administration - MBA, Marketing Digital · (2017 - 2019)
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